sábado, 21 de agosto de 2010

E só de lembrar

O tempo em que brincava-mos de pique esconde, ou de salão de beleza, bate uma saudade imensa daqueles tempos. E hoje, sentada na frente de casa, no silencio, sozinha lembro-me de tudo que já vivi, e percebo coisas que por um tempo deixei esquecido. 
Em ver que hoje, o sol que bate no meu rosto, pode me matar, lembro daquele que era o mais puro, no qual eu passava horas da minha infância brincando. Da aguá que eu e meus primos tomava-mos banho na cachoeira, hoje esta coberta de lixo, e esgoto. As tardes que nos sentava-mos entre as árvores, respirando o mais puro ar da natureza, tocava-mos violão e conversava-mos, hoje, essas árvores viraram móveis da casa de alguém. 
Me recordo de quando não tinha um computador na minha vida ainda, meus pais, iam me levar na casa das minhas amiguinhas para brincar, ou nós ia-mos na casa dos meus tios no interior, brincar com a terra de pés descalços, onde hoje, só existe asfalto.
Pensar nisso, me traz alegria, mais confesso, muita tristeza também. Em olhar, hoje, ao meu redor, e pensar que nunca mais poderei desfrutar de momentos assim, que meus filhos nunca terão momentos como esse, isso me da um aperto no coração.
Ao parar por um segundo, respirar o vento que sopra ao meu rosto, e de olhos fechados sentir o calor do sol cada vez mais forte no meu rosto, sinto-me vivendo os velhos tempos, e me desconecto por um segundo desse mundo, cheio de tecnologia, poluição e virtualidade. O mundo ao redor de mim esta se acabando.

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